Segundo Greenpeace, já foram liberadas 290 substâncias desde o início do governo Bolsonaro
O Ministério da Agricultura aprovou nesta segunda-feira, 22, o registro de mais 51 tipos de agrotóxicos no mercado brasileiro.
Um levantamento feito pelo Greenpeace aponta que já foram liberadas para uso um total de 290 substâncias desde o início do governo do presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com o Ministério da Agricultura, a adoção de “medidas desburocratizantes” nos órgãos que analisam os produtos vem possibilitando a maior rapidez na liberação de pesticidas nos últimos anos.
Em 2018, último ano do governo Temer, o Brasil atingiu recorde na liberação de agrotóxicos, com um total de 422. O número chega a 450 quando somadas 28 substâncias publicadas no Diário Oficial em 1º de janeiro deste ano e que são consideradas pelo Ministério da Agricultura como provenientes da gestão de Michel Temer.
Atualmente, há um total de 560 pedidos de registro aguardando autorização para uso no Brasil.
O Greenpeace afirma que, dos 51 agrotóxicos autorizados nesta segunda no país, 18 são extremamente ou altamente tóxicos.
Já do total de 290 produtos liberados desde o início do ano, ainda segundo o Greenpeace, 41% são considerados extremamente ou altamente tóxicos e 32% são proibidos na União Europeia.
Ao considerar os sete primeiros meses do ano, 2019 atinge recorde na aprovação de agrotóxicos no país. Confira abaixo uma lista desde 2010 para o período entre janeiro e julho:
2019 – 290 produtos;
2018 – 229 produtos (422 no ano);
2017 – 195 produtos (405 no ano);
2016 – 103 produtos (277 no ano);
2015 – 86 produtos (139 no ano);
2014 – 61 produtos (148 no ano);
2013 – 66 produtos (110 no ano);
2012 – 93 produtos (168 no ano);
2011 – 61 produtos (146 no ano);
2010 – 45 produtos (104 no ano).