O comando do PSDB está se negando a pagar a dívida de R$ 17,1 milhões
da campanha de José Serra à Prefeitura de São Paulo, em 2012. De acordo
com reportagem da Folha de S. Paulo, a queda de braço entre
Serra, Aécio Neves (MG) e Geraldo Alckmin (SP) – potenciais candidatos
ao Palácio do Planalto – já chegou à Justiça.
De acordo com a
reportagem, patrocinado por Alckmin, o presidente do PSDB de São Paulo,
deputado Pedro Tobias, não reconhece o passivo como do diretório
estadual. Sob comando de Aécio, o PSDB nacional, por sua vez, se recusa a
assumir o rombo. Desde 2012, quando foi derrotado pelo prefeito
Fernando Haddad (PT), Serra pede ajuda a Alckmin. Sua última conversa
com o governador aconteceu semana passada, no Palácio dos Bandeirantes.
O argumento de Tobias é que o braço paulista do partido não pode ajudar
Serra porque está com seu fundo partidário bloqueado pela Justiça
Eleitoral desde junho de 2014. Segundo a reportagem, a empresa Campanhas
Comunicação –do jornalista Luiz González– tenta derrubar esse argumento
na Justiça. Responsável pela comunicação da campanha de Serra em 2012, a
agência levará ao Tribunal de Justiça o balanço patrimonial do PSDB de
2014 como prova de que, em dezembro daquele ano, havia dinheiro em caixa
para quitar sua dívida, cujo valor original era de R$ 8 milhões.